quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

A PRAÇA DO DIAMANTE - Mercè Rodoreda


Considerado por muitos como o melhor romance após à guerra civil espanhola, a história tocante deste livro nos deixa com o um quê de quero mais.
A própria autora conta-nos no posfácio que o escreveu quase sem parar, e nós somos levados também nesse ritmo, ao lê-lo.
Eu o li em poucos dias, e talvez — um dia, quem sabe! —, volte a lê-lo.

São tantas coisas que sempre temos para ler, mas — garanto —, poucas como esse ótimo A PRAÇA DO DIAMANTE, de Mercê Rodoreda, Editora Planeta/TAG Experiências Literárias.




quarta-feira, 27 de setembro de 2017

5570 CHIFRES


          Depois de alguns anos, já oficialmente divorciado da Ritinha, foi que o Bodão voltou a Sertãozinho, para visitar a filha  e quem sabe reatar com a bela ex esposa boa de coxa, de copo e de cama!...
          Da última vez, partiu ao descobrir que a Ritinha era amante do temível e belo Pé-de-Pano de Sertãozinho.     
Desta feita, certo dia resolveu fazer um programa com a Ritinha, mais a filha; esta já adolescente.  Então, eis que esse fato aconteceu na chamada ‘Prainha’, para onde foram.
          O Bodão, num dos momentos de distração da ex esposa, resolveu mexer no celular dela, quando ela estava longe, distraída, com a filha.         
          Então, furioso, o Bodão encontrou no celular dela estas mensagens:
          Amiga: Vai sair hoje à noite, Ritinha?
          Ritinha: Sim, vou.
          Amiga: Vai sair com quem?
          Ritinha: Com o Pé-de-Pano de Sertãozinho!
          Amiga (admirada): Mas... e o Bodão?
          Ritinha (após rsrs): Ah, o Bodão é um chifrudo!
          Irritado, o Bodão abreviou o passeio, e logo ligou para o Cornija, que era Presidente do Clube do Cornos de Diadema:
          — Oi, amigo! Pensei que podíamos eu a Ritinha ficar juntos, mas acredita que mal começamos a ficar, ela já tá me traindo? Vou embora de Stz de novo!
          — Ora... — disse o Cornija — se você ficar indo embora de cada cidade em que leva um chifre, vai acabar percorrendo o Brasil inteiro! — E tendo dito isso, gargalhou gostosamente.
          O Bodão ficou pensativo. E perguntou:
          — Quantos municípios há no Brasil?
          — 5.570. — Esclareceu o Cornija.
          O Bodão, desanimado, sentindo a cabeça pesar, murmurou:
          — Ufa! Haja cabeça pra tantos chifres!
---------------------------------------------------------------------------------

          ADhemyr Fortunatto – Escritor e Jornalista - Drt-SP 60.511
--------------------------------------------------------------------------------------

domingo, 10 de setembro de 2017

ADÃO, EVA E A SERPENTE

 
          Foi quando estava numa pindaíba danada, que o Bodão resolveu trabalhar no Censo, e eles também resolveram (sei lá com que critério!) que o Bodão podia ser um bom Recenseador.
          Visitando residências, ele deparava com as coisas mais inusitadas possíveis, mas de uma nunca esqueceu...
          Chegou numa casa modesta, bateu palmas.
          Logo saiu um homem de aspecto rústico, sério demais.
          O Bodão se apresentou, e ele só fez:
          --- Hum.
          Bem... Aí o Bodão iniciou as perguntas de praxe... (Uma que ele apôs não tão de praxe assim, como veremos a seguir...).
          --- Como é o seu nome?
          --- ADÃO. --- Respondeu o homem com uma seriedade ancestral, para não dizer abissal.
          --- Hum... Certo. --- E o Bodão anotou ali, onde devia anotar.
          --- E qual o nome da sua esposa?
          --- EVA. --- Respondeu o homem, com um jeito rústico de assombrar.
          --- Hum... --- Só fez o Bodão, franzindo o cenho, anotando.
          Súbito lhe veio uma pergunta imbecil à cabeça, que se tornou mais imbecil ainda quando ele a expressou assim, após dar um risinho malicioso:
          --- Por acaso aqui também não mora a SERPENTE DO PARAÍSO?
          Então o homem se deixou envolver por um largo sorriso pela primeira vez, ele que fora tão sério até aqui! Tão feliz lhe pareceu a criatura, que o Bodão ficou deveras pasmado.
          Entendeu tudo então, quando o sujeito gritou lá pra dentro:
          --- SOGRA! Chega aqui! VIERAM TE BUSCAR!
          Aí Bodão ouviu um arrastar de chinelos vindo lá de dentro...

          Com um jeito inquieto, e de quem não entendia nada, encerrou precipitadamente as perguntas ali mesmo e se mandou; nem viu a “serpente” aparecer...
---------------------------------------------------
POR: ADhemyr Fortunatto.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

COLINHO


          Há cerca de alguns meses o Bodão tivera um caso com a Verinha, que estava separada do marido. Ela tinha um colo amplo, cheiroso e macio. Muito propício, pois, aos interesses depravados do Bodão. Portanto, sempre quando estava junto dela, ele pedia... ‘colinho’...
          Mas um dia a Verinha pôs fim ao relacionamento.
          Decorridos quatro meses desse brusco final, eis que ele sentiu saudades. Achou o número do celular dela. Logo ligou e antes até que ela dissesse ‘alô’, ele, que queria surpreendê-la, já foi dizendo assim:
          --- Verinha... Quero coliiiinhooo...
          Sentiu que alguém suspirava do outro lado. E, para sua surpresa, desligaram imediatamente, sem nada dizer. E aí, a seguir, quando ele já conferia o número, para ver se ligara mesmo para ela, o aparelho tocou:
          --- Alô!       
--- Quem está falando?  --- Era uma voz masculina...
          --- Aqui é o Bodão.
          --- Pois então, seu fdp, você quer colinho, é? --- já berrou o homem.
          --- Como assim? --- o Bodão não entendia.
          --- Ora, seu fdp, você liga no celular da minha esposa, e diz que quer colinho, e agora finge que não sabe de nada?...
          O Bodão estremeceu...
          --- Vapo! Eu liguei?!...
          --- Sim, ligou nesse celular a pouco, e ainda disse o nome da minha Verinha, dizendo que queria colinho... Pois, seu imbecil, eu tenho um colinho pra te dar! Vou te caçar, fdp! --- Aí o Bodão tentou se sair com essa:
          --- Eu liguei sim pra um número agora, que é da Lurdinha...
          --- Lurdinha o cacete. Falou Verinha! Vou te caçar e te matar, fdp!
          E, felizmente, para o Bodão, o sujeito desligou a seguir.
          E então, sentando-se, o Bodão coçou a cabeça, preocupado. Nem pensara nisso... Mas é que a Verinha voltara com o marido...
----------------------------------------------------------------------------------------
TEXTO PUBLICADO EM  SETEMBRO/17, NOSSA COLUNA, DO JR NOTÍCIAS, DE SÃO PAULO - SP.

Proibida a reprodução sem autorização prévia do autor.
----------------------------------------------------------------------------------------

          ADhemyr Fortunatto – Escritor e Jornalista (Drt-SP 60.511).
          Autor dos livros:
          - AS AVENTURAS DO BODÃO - Humor - Impresso e e-book
          - REFLEXÕES DE UM SUJEITO À TOA  - Crônicas & Contos - Impresso, e brevemente em e-book.
         CONTATOS: adhemyr_fortunato@yahoo.com.br

domingo, 23 de julho de 2017

A OPINIÃO DE DONA COTINHA


DA SÉRIE
 CONTOS AUTOBIOGRÁFICOS 
DE 
ADhemyr Fortunatto.

Proibida a reprodução sem autorização prévia do autor.
Texto publicado em nossa Coluna, no JR NOTÍCIAS.

         É certo — disse-me um amigo certa vez, — que em determinados assuntos é importante a opinião de uma mulher.
          Eu tentei apor o meu conceito, de que em todos os assuntos, isto sim, a opinião de uma mulher deve ser requisitada.
          Ele fez um muxoxo; ajeitou a gravata; virou mais um gole da cerveja gelada; mudou de assunto.
          E apesar de tantos pontos-e-vírgulas, e afinal, o ponto final, nem por isso nossa amizade esfriou; o que fez com que nos separássemos foi que ele mudou de empresa; foi para o interior, e nunca mais nos falamos. Mas, bem...  Essa não é a história a que me propunha aqui narrar!      
          Pois então, decidido estou a contar porque dia desses lembrei da consideração daquele amigo, de tanto ouvir as mães da vizinhança gritando com os seus filhos ‘crescidinhos’:

          — Vá tomar banho, fulano! Há dois dias que não toma banho!

          Às vezes três, até quatro, cinco dias... (Risos...).
          Mais risos ainda porque o episódio aqui se trata mesmo é de filhos adultos; homens de vinte, vinte e cinco, trinta anos.
          Aí dei para ponderar até que ponto, quando esses homens casassem, suas esposas ficariam mandando-os tomar banho, tal qual suas mães, agora.
          Ri do meu pensar.  Nem por isso abdiquei de querer saber de uma opinião alheia. Foi assim que rememorei o meu amigo do passado, que ressaltara o imperativo da opinião feminina, em certos casos.
          Ah, de pronto lembrei da Dona Cotinha, senhora de sessenta anos, viúva do Dr. Ambrósio...

          E tão logo pude vê-la, coloquei em pauta esse assunto dos homens adultos sujos, ao que ela me olhou com certa suspeita, pelo que me pareceu.
          Estávamos vindos da feira, ambos cheios de sacolas, tanto que até me propus a carregar algumas compras dela.
          Após meditar um tanto, ela me disse, com segurança; olhar malicioso:
          — Filho... da mesma forma que há homens fedorentos em casa, há homens muito cheirosos na rua!
          Nesse ponto da conversa ela já chegava em casa, e procurava a chave para abrir o portão; morávamos relativamente pertos um do outro. Aproveitei para pedir mais detalhes:
          — Como assim, Dona Cotinha?
          Ora, meu filho, fez ela, meneando a cabeça, da missa você não sabe nem a metade! Não se esqueça que fui casada durante anos com um homem fedorento...
          — Ah?!...

          — Sei do riscado, meu filho! — acrescentou afinal a Dona Cotinha, com um olhar maroto, cheia de sacolas (e talvez de segredos...), entrando em casa, despedindo-se de mim sem me olhar.
------------------------------
Autor: ADhemyr Fortunatto

sábado, 17 de junho de 2017

O PESADELO DE UM CORNO...

TEXTO PUBLICADO EM NOSSA COLUNA, DO JR NOTÍCIAS, DE SÃO PAULO - SP




R

E-book:
EM DIVERSAS PLATAFORMAS:
SARAIVA, LIVRARIA CULTURA, AMAZON, KOBO etc.

sábado, 10 de junho de 2017

JOELHO DE PORCO À MEIA-NOITE...









ADQUIRAM 'AS AVENTURAS DO BODÃO' E-book em um desses link(s):

https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.saraiva.com.br%2Fas-aventuras-do-bodao-9712720.html&h=ATOH9kMr-TkbxrpQRgaT1EjJAbnHOU9huOUJ2rUPvpUE-Kg5Axo1yGuwWDU5j0TDRH198XhmSr47hoPP6z3NKdkIk7MKZuOyvWS_xJH4fheQhQ6Avm20wUBgD10zxEVrtNhaZq3ZgL0&hc_location=ufi

https://l.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.livrariacultura.com.br%2Fp%2Febooks%2Fhumor-e-entretenimento%2Fas-aventuras-do-bodao-109702916&h=ATMoPY67j-w3K5FXoBw5GnnLzRK3WHCNsyiFxpIRsJzMQ4m_kf-vw2Cynev52cF84Exosi3IYcEe20cVbC3vZ0khTSxaaag7osDGi9-m8XyUFspGA3BrDH3MjcgZKvnTIbWmL-6E63M&hc_location=ufi

https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fwww.amazon.com.br%2Fs%2Fref%3Dnb_sb_noss%3F__mk_pt_BR%3D%25C3%2585M%25C3%2585%25C5%25BD%25C3%2595%25C3%2591%26url%3Dsearch-alias%253Daps%26field-keywords%3DAs%2520aventuras%2520do%2520bod%25C3%25A3o&h=ATN8zamZQB_ifEP09kcnxTEeikMJMS72xVWHb5DN4_9paUzoA2kzSgwsyNUXo6bf9KU8FurzG2wPXjum0OE3TIBgKs2nOzSgfPcnY49huzJ2477UgP_mj_Qp0UYD3_Z3KuBslRbd5u4&hc_location=ufi

https://l.facebook.com/l.php?u=https%3A%2F%2Fwww.kobo.com%2Fbr%2Fpt%2Febook%2Fas-aventuras-do-bodao&h=ATMUOzXdqFpZieZawnFqtI6pfvY_PxGFdzm5i_qlEbdvknX6vzTvTl59mDUqzxXXb1DoqRrCPjbnFHLxVmrIeZuAimsGdkFbzxHw8CO_uBe6FJhUYlf26D4d9qppQ63Q3iIzGp7ReEs&hc_location=ufi

PARA ADQUIRIR O LIVRO IMPRESSO OU ENTRAR EM CONTATO COM O AUTOR: 
E-mail: adhemyr_fortunato@yahoo.com.br

sexta-feira, 5 de maio de 2017

O INFERNINHO E O GERVÁSIO

Texto publicado em nossa Coluna do Jornal Notícias (www.jornalnoticias.com.br), de São Paulo-SP. 
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Do livro “As Cem Melhores Crônicas Brasileiras”, organizado por Joaquim Ferreira dos Santos, Editora Objetiva (www.objetiva.com.br), conto aqui à minha maneira o que nos é relatado pelo excelente STANISLAW PONTE PRETA, do dia em que o Gervásio se viu em maus lençóis, que assim foi...
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Quando muito um cineminha, e ela já se dava por contente.
Era uma mulher dessas ditas “amélias”, e o casamento dela com o Gervásio já ia para os 25 anos.
Sair com o marido, portanto, já se tornara coisa rara.
Por isso o espanto quando ele a convidou para um jantar de gala, alto padrão mesmo, e ainda em local que ela escolhesse!
Aí ele explicou que era porque faziam 25 anos de casados. Ela assentiu; colocou sua melhor roupa.
E pra coroar, ele tomou até um táxi.

O lado estranho da coisa começou então...

Se por timidez ou por não conhecer --- vá lá saber! --- ela não escolhia nenhum lugar em que pudessem jantar.
Decorrido bem algum tempo, ao passarem em frente a um inferninho, desses que nem o diabo entra pra não se sentir inferior, ela foi taxativa:
--- Vamos jantar aqui!
O Gervásio tremelicou; disse que ali não era lugar digno dela, uma dama, e que...
--- Sempre tive curiosidade de saber como funciona um negócio desses por dentro. E, além disso, você disse que eu poderia escolher...
O Gervásio coçou a cabeça.
Foi a partir de então que o inferno começou para ele, e justo no “inferninho”...
Foi que, logo na entrada daquela boate reles, o Porteiro já lhe deu uma “boa noite”, com cara de intimidades...
Lá dentro foi o Maitre que perguntou:

--- A mesa de sempre, doutor?

O Gervásio olhava então a esposa, com rabo de olho, para ver até que ponto ela estava injuriada, percebido alguma coisa...

Aí, já sentados, veio o garçom:

--- O uísque de sempre, doutor?

Então ela intercedeu pela primeira vez:
--- O Gervásio não vai beber; vamos jantar.

Eis que o garçom, como se para entortar o Gervásio de vez, disse:

--- Então vai aquele franguinho desossado de sempre, né doutor?

Jantaram, ambos decerto que em silêncio.
Eis que logo após o jantar, veio o Pianista...

--- O doutor não quer dançar com a dama aquele samba reboladinho, de sempre?

Se rebolando intimamente, ele próprio se sentindo um desossado, decidiu o Gervásio pedir a conta e sair de fininho.
Ao sair, de novo aquela “Boa noite” do Porteiro, seguido de um sorriso maroto!... E ainda lhe abriu a porta do táxi!

O Gervásio, aflito, torcia para que tudo acabasse logo. Mas ao entrar no táxi, o motorista quis saber:

--- Pro motel da Barra, doutor?

Aí ela não aguentou mais...
--- Seu moleque, vagabundo! Então é por isso que dizia que tinha que ficar fazendo horas extras? Responde, palhaço!

Então o motorista do táxi, com uma gentileza para lá de suspeita, parou e, encostando imediatamente o carro, se prontificou:

--- Se o doutor quiser, eu mesmo dou umas bolachas nessa vagabunda, e aí ela cala a boca logo!...

---------------------------------------
Sérgio Porto, (Rio de Janeiro - RJ - 1923 – 1.968), Jornalista, Escritor, Radialista (Comentarista Esportivo), em muitos de seus textos usou o pseudônimo de Stanislaw Ponte Preta.
Sempre fez muito sucesso em tudo que se propôs a fazer, especialmente como Cronista.
------------------------------------- 
PRESTIGIEM OS ESCRITORES DO BRASIL!
-------------------------------


------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
P.S.:  E por falar em humor, leiam o meu livro intitulado AS AVENTURAS DO BODÃO. São 204 páginas de muito humor.
Pode ser encontrado também no formato digital, em várias plataformas.

MAIORES INFORMAÇÕES, COM O AUTOR, A SABER:
Facebook.com/ADhemyr Fortunatto
E-mail: adhemyr_fortunato@yahoo.com.br

sábado, 29 de abril de 2017

UM POEMA ERÓTICO (Do livro 'As Aventuras do Bodão')



CÚMPLICE COMO O SEU ESPELHO
(Extraído do livro "As Aventuras do Bodão").


Hei de agir de forma tranquilizante.
Hei de possuir a segurança de um pai
E a compreensão de uma mãe.
Direi certas coisas a você que somente uma mulher diria...

Falarei do seu corpo com a delicadeza
E sutileza de uma mulher...
Evocarei e falarei de sensações
Das quais somente uma mulher é capaz de falar.
Terei paciência...

Darei tempo para você
Preparar-se,
Fantasiar-se,
Encantar-se,
Excitar-se,
Entregar-se...

Jamais mostrarei desejo ou urgência.
Saberei bater em retirada,
Dar um passo atrás...
Saberei sempre adiar minha urgência,
Conterei meu ciúme avassalador,
Minha fúria de Beethoven...

A cada instante farei a você
Uma promessa:
“Não lhe peço para mudar,
Não invadirei a sua individualidade;
Serei um detalhista,
Mas sem invadir a sua intimidade!”

Mas também serei alegre e impaciente
Como um adolescente!
Cúmplice como o seu espelho!

Farei com que você se sinta
Como quando está
Diante do espelho admirando-se...
Descobrindo-se...
Fantasiando-se...

Darei voz às suas fantasias
Mais secretas...
E ajudarei você a criar outras!

Farei carícias em seu corpo
E a excitarei com a naturalidade
Com que você o faria!...

Pedirei que relaxe...
Relaxe; sinta minhas mãos,
devagar, suaves...

Pedirei, com meus lábios,
tocando os seus lábios desenhados,
Que se abra aos elogios,
Às palavras sussurradas...

Hei de sugerir o que
Você gostaria de pensar
Para excitar-se...

E quando fizermos amor
Nem você mesma saberá por que o fez,
Tal a naturalidade com que
Tudo aconteceu!...

E, enfim, farei com que você se sinta
Mais jovem a cada ano!
Tudo isso, meu amor, porque...
porque eu te amo...

Autor: ADhemyr Fortunatto
(Do livro AS AVENTURAS DO BODÃO).




sexta-feira, 21 de abril de 2017

SINOPSE DE "AS AVENTURAS DO BODÃO"


AS AVENTURAS DO BODÃO
ADhemyr Fortunatto
Editora Vermelho Marinho/Usina de Letras
204 páginas
Para aquisição
Versão impressa: adhemyr_fortunato@.yahoo.com.br
ebook: 
Apple, Google, Amazon, Google Play, Kobo etc.
        

·         

·         

·       

·       SINOPSE

A transformação das estórias do Bodão em livro foi precedida de bastante observação da reação de leitores, nas ruas, nos bares, no comércio; do povo enfim, que quando recebia o jornal, comentava. Cada dia um comentário favorável diferente; sentíamos que as pessoas estavam ávidas por novas aventuras do Bodão. E começou, assim, a vir sugestões dos próprios leitores do JR Notícias, onde, há alguns anos, temos publicado as aventuras do Bodão, no formato de crônicas, geralmente bem-humoradas. O Bodão não é um galã, mas também não é um vilão. É um sujeito do povão, como as pessoas comuns, que veem tudo dando certo, mas só no mundo ficcional, ou seja, nos livros, nos filmes, nas novelas, onde sempre tem aquele que se dá bem o tempo todo. Não, o Bodão não se dá bem o tempo todo. (Risos). Se assim fosse, não haveria risos. Também não se dá mal por todo o tempo. Ele tenta acertar, pelo menos ele tenta. Em alguns aspectos, o Bodão é um autêntico brasileiro, que muitas vezes busca nas desventuras e aventuras do dia a dia uma válvula de escape para fazer humor, tomar ‘umas’, ser desbocado, desorganizado, atrasado nos compromissos, ou nem chegar, não dizer a idade, não ser servo de relógios nem seguir agendas, se deixar levar pela preguiça, chutar o pau da barraca, não venerar a fama, fazer um churrasco, rir, e, muitas vezes, de si mesmo. Talvez o Bodão tenha caído tanto no gosto popular porque muitos se acham, até certo ponto, um Bodão também, com acertos e erros, mas sempre em frente! O mentor intelectual do Bodão foi o Editor do JR Notícias, o Professor Peninha (Jornalista e Professor José Antonio Fernandes), que foi quem primeiro aventou a hipótese desse figuraça, de nome simplesmente... Bodão...Na época, fiquei pensando se aquele formato de humor “iria pegar”. Casos de inspiração popular protagonizados pelo Bodão; outros, arquitetados por esse autor. Enfim, aqui está o livro. Logo, pegou! Do muito que eu poderia dar, aqui vai esse pouco. Ou, do pouco que eu poderia dar, aqui vai esse muito. (Risos...).Sei lá, às vezes me acho meio Bodão, também. Essa frase muitos leitores do JR Notícias já me disseram, igualmente. Logo, não sou o único! Não somos, enfim, únicos. (Né, Bodão?).


             


SID SHELDOWT - MÚSICO E ESCRITOR 
MANAUS - AM


As Aventuras do Bodão de ADhemyr Fortunatto mais que recomendado!

E como dizemos em Manaus, "Seu livro é muita onda".



PROFESSORA MARIA DO CARMO FERNANDES
SÃO PAULO - SP:



"É uma agradável leitura. Muito divertido, sempre nos identificamos com situações enfrentadas pelo personagem."
 



PROFESSOR JOÃO PAULO DE OLIVEIRA 
Diadema - SP:



"Terminei de ler o livro da lavra do escritor e jornalista e deboista, ADhemyr Fortunatto! Nada melhor do que se debruçar numa leitura livre, leve e solta, que nos deixa propensos a esquecer - momentaneamente - a inóspita realidade que vivemos lendo "As Aventuras do Bodão". Por Baco e Afrodite não dá para não dar boas gargalhadas com as bodices do Bodão.


 ***


SOBRE O AUTOR: